segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Vila Itororó


"Fui no Itororó beber água não achei
Achei linda Morena
Que no Itororó deixei"
:-)
imagem de arcoweb.com.br


Semana passada começou um ciclo de oficinas e mutirões para implantar um sistema agroflorestal na saudosa Vila Itororó.


Imóvel antigo, precisando de muitos cuidados, que já esteve abandonado a sua própria sorte e quase foi engolido pela especulação imobiliária. Parece que agora vai! Desde a década de 70 existem projetos para restauração do condomínio paulista, que foi o primeiro na cidade a ter uma piscina natural, aberta ao público e que utilizava a nascente do Rio Itororó.

Hoje em dia, esse simpático riacho atende por Av. vinte e três de maio. Nossa cidade já tinha esse DNA concretero desde cedo. 
imagem do blog quandoacidade.wordpress
E para conhecer um pouco mais da história dos rios em São Paulo, os apresento "Entre Rios" um documentário sobre a urbanização e os caminhos que a cidade trilhou na sua evolução e em seu processo de expansão. E uma coisa fica clara: essa nossa crise de falta d'água, já vem de longe.




segunda-feira, 20 de julho de 2015

Cisterna na Horta Comunitária da Vila Pompéia.

Uma galera da Vila Pompéia, em São Paulo, resolveu se juntar para tomar conta de um pequeno terreno na esquina da rua Saramenha com Francisco Bayardo, ele estava largado, cheio de lixo e entulho. No começo de 2014 essa galera se juntou e botou a mão na terra, limpou e revitalizou o terreno. Hoje, funciona uma pequena horta gerida pelos vizinhos.


E claro, não era exclusividade deles, havia a necessidade de ter água para o regar as plantas. Foi aí que eles decidiram montar uma cisterna utilizando o telhado do posto de saúde ao lado, sucesso.
Montaram uma cisterna de 1.000l de capacidade, com filtro de folhas e descarte de primeira chuva.





São iniciativas como essas que a cidade precisa. Hoje em dia horta retomou seus trabalhos, após uma pequena pausa por falta de ânimos, mas voltou a todo vapor. Para saber mais é só visitar a página deles no Facebook.




segunda-feira, 13 de julho de 2015

Composteira Caseira

Se preocupar com a água inclui o manejo adequado do seu lixo, principalmente dos resíduos orgânicos. Normalmente o lixo é levado para lixões e a medida que o liquido gerado na decomposição da matéria orgânica se junta com metais pesados presentes no lixo, infiltram na terra e poluem os lençóis freáticos. Por isso é importante cuidar do seu próprio lixo e uma composteira caseira pode ser a solução.

Para ter uma composteira em casa você precisa apenas de alguns baldes, minhocas e um pouco de serragem grossa. Se você não quiser construir uma, você pode comprar uma composteira ou um minhocário na internet ou em lojas especializadas em jardinagem urbana. Mas, não existe muito mistério, é só se atentar ao fato de que devem existir pelo menos uma câmara para os depósitos dos restos orgânicos e um sistema para deixar escorrer o chorume para fora da composteira.

O chorume é um líquido gerado pela decomposição do material orgânico da composteira. Se ele não tem para onde escorrer começa a encharcar a terra e conseqüentemente provocar a fuga das minhocas do minhocário. Os anelídios sao muito sensíveis à umidade, principalmente as do tipo californianas, que são as mais indicadas para esse tipo de composta caseira.

O importante é sempre que for alimentar a composteira com os restos orgânicos, nunca deixar nada fresco em contato com ar. Cubra todo o lixo com a serragem grossa ou com alguma matéria orgânica seca (resto de podas ou folhas) Esse é o grande macete para ter uma composteira funcionando sem cheiro nem moscas.


imagem de Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Evite alimentos cítricos em excesso, do tipo laranja, limão, mixirica e afins. Isso baixa o PH do solo e pode ser prejudicial para suas novas pequenas vizinhas. Alimentos cozidos com muita gordura ou fritos também são contra indicados.

O melhor mesmo é priorizar cascas de frutas, restos de vegetais e daquela salada que fez aniversário na geladeira (se estiver sem tempero). Você pode colocar os alimentos inteiros ou picados, quanto menor, melhor, isso acelera todos os processos dentro de uma composteira.

Mãos à obra e boa compostagem.



quinta-feira, 2 de julho de 2015

Que tamanho de reservatório eu uso?

Para escolher o tamanho da bombona ou do seu reservatório de água pluvial, é preciso atentar-se a dois fatores: O quanto chove na sua cidade e o tamanho do seu telhado. Outra questão, é o quanto você quer investir.

Mas, quanto chove?

Primeiro você precisa saber da média histórica de precipitação da sua região. Você consegue achar isso com alguma paciência no google. A dica é procurar um órgão oficial. No nosso caso vamos utilizar dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Segundo o instituto, tivemos 732 mm de chuva na cidade de São Paulo, acumulados de janeiro até maio deste ano.


Informe obtido no inmet.gov.br. Note as quatro ultimas linhas.
Isso quer dizer que: se tivéssemos um recipiente cúbico de 1m x 1m x 1m, e em uma dessas laterais uma régua, o nível da água marcaria 7,32 cm. No mesmo período mencionado acima.

E daí o tamanho do meu telhado?
imagem de blog.construir.arq.br

Moleza. Agora, só falta saber a área da cobertura de onde a água da chuva será coletada. Por exemplo, se minha casa fosse retangular com 10m de frente e 40m de profundidade ela terá aprox. 400m2 de telhado.
 

Nessa nossa conta, 732mm de chuva na minha cidade X 400m2 que é a área do meu telhado. Seriam 292.800 mililitros d'água, ou seja 2.928 litros.
 

Com um Kit de Mini-Cisterna como o nosso, com capacidade para 150 litros, seriam algo como ter a disposição quase 20 vezes do seu volume nesses quatro meses.
 

Quando você coloca a quantidade de água que é possível armazenar e reutilizar no papel fica, evidente o tamanho da sua economia. Com essas informações será possível dimensionar o tamanho do seu reservatório.
 

Para vocês terem uma idéia. Isso quer dizer que se existisse um sistema de reaproveitamento da água da chuva no Auditório do Ibirapuera, que ocupa cerca de 7000m2, no mesmo período aferido seriamos capaz de armazenar 51.240 litro de água, o que são pouco mais de 2 caminhões pipa.

imagem de Wikipedia.com
Mas, como não dá para ter dois caminhões pipa estacionados na sua garagem você precisa decidir o tamanho do seu sistema de armazenamento.

Os mais comuns são as bombonas de plástico, que variam entre 50l a 240l de capacidade. São ideais para espaços pequenos, corredores e quintais. Podem ampliar a capacidade do sistema quando unidas.


meia dúzia de bombonas interligadas. imagem de acrcd.org
 

Com esses números em mãos, você deve considerar seu gasto mensal da água de reúso, para então poder providenciar uma cisterna que não estará sempre vazia, ou sempre transbordando.
 
Se você quiser dar unas cabeçadas na matemática, aqui tem um documento feito pelo professor Enedir Ghisi, PhD da Universidade Federal de Santa Catarina que apresenta os modelos de cálculos.  
Comece com um pequeno kit de Mini-Cisterna ou um sistema de armazenamento minimamente protegido contra possíveis visitas indesejadas. O importante é armazenar água, mas sempre de olho nos cuidados necessários.

É de dar nó em pingo d'água, ou não é?

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Como funciona uma Mini-Cisterna

E ai Galera....
Armazenar corretamente a água da chuva é primordial para fazer um reúso apropriado da água e evitar a proliferação de larvas e mosquitos. Algumas medidas são importantíssimas para garantir uma água minimamente limpa para usos não potáveis. Quanto mais limpa a água, mais tempo de armazenamento que ela suportará.

Filtro autolimpante:
Podemos dizer que é o item mais tecnológico de um kit de Mini-Cisterna. Ventos, intempéries e a própria fuligem da poluição atmosférica serão os grandes responsáveis pela sujeira do seu telhado. A chuva que cai na cobertura da casa arrasta com ela toda a sujeira para sua cisterna, por isso o filtro autolimpante, ou comumente chamado de filtro de folhas, é seu maior aliado na hora de melhorar a qualidade da água armazenada. Ele é responsável pela separação de materiais sólidos da água, sem ele na primeira chuva, os canos da calha vão entupir com as folhas.

Reservatório temporário:

Esse pequeno recipiente recebe a primeira água da chuva. Sabe aquela água que acabou de se separar dos detritos mais sólidos, pois bem, ela ainda leva consigo toda a poeira e fuligem do telhado. Esse reservatório fica responsável por armazenar esse primeiro fluxo de água suja e evitar que ela entre na sua cisterna.
O cálculo do volume desse reservatório é muito simples: 1mm de chuva para zonas rurais, e 2mm de precipitação para centros urbanos. Oi? Como assim? A conta é fácil. Seu telhado tem 30 metros quadrados, então seu volume inicial deve ser de 30 litros se estiver num sítio (zona rural) ou 60 litros se estiver numa metrópole como São Paulo (zona urbana).

Redutor de turbulência:
Mesmo depois dessas duas etapas, ainda podem existir alguns detritos na água. Com a ajuda com tempo e da gravidade essa sujeira se decanta e fica no fundo da bombona. O redutor de turbulência faz com que a água que chega de una nova chuva entre no reservatório sem revirar o fundo e misturar toda aquela sujeira que já estava tranquilinha no fundo da cisterna.

Dicas gerais:

- A água em contato com o sol, cria algas e fica verde. Ter a cisterna com uma cor sólida, que não seja translúcida e sempre tampada é a melhor solução para evitar esverdiamento.


- Tampar todas as saídas de água com tela de mosquiteiro é a solução para evitar a proliferação de larvas e mosquitos, principalmente o nosso amigo Aedes, o Egipt.


- Pingar umas gotinhas de hidroesteril, água sanitária, ou cloro de piscina é sempre recomendável. Uma solução menos ecológica, porém mais eficaz.


Com essas considerações, agora você já pode se considerar um expert em armazenamento de água. Deixe suas dúvidas nos cometários, porque se esse texto estiver vivo, ele está incompleto e em constante evolução. Deixa Chover!

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Deixa Chover...


Salve...

Para começar os trabalhos, primeiro apresento este blog que tem a missão de juntar por aqui as melhores idéias e iniciativas para reaproveitar a água que utilizamos, inclusive a da chuva.

Por outra parte, vamos divulgado nossos projetos e realizações. Que sejam muitas.
Nosso primeiro projeto é a Mini-Cisterna caseira. Esperamos trazer mais, com o tempo.

Esse projeto foi desenhado com base no curso apresentado por Leonardo Tannous, e equipe, no SESC Interlagos, grande professor e um dos que corre pelo meio ambiente. É uma cisterna caseira, básica e muito simples de manter. Cabe em qualquer canto do quintal e ainda é a prova de dengue!Passe por aí quando quiser, de tanto em tanto devem aparecer umas coisas legais por aquí.